Antes de falar sobre a primeira geração é preciso esclarecer como ela funciona. Primeiramente, essa divisão não é oficial e foi forjada nas últimas décadas de maneira a agrupar e organizar uma infinidade de equipamentos que foram criados ao longo da história dos videogames. Não é algo aceito por todos já que não é simples agrupar esses equipamentos. Pode-se agrupar por época de lançamento, tipo de tecnologia empregada, capacidade de processamento, poder gráfico ou qualquer outro elemento e, mesmo assim, algum desses videogames não se encaixará totalmente. Há casos em que um determinado fabricante lançou dois consoles que são considerados, pela imensa maioria da comunidade retrogamer, como da mesma geração. A Atari fez isso com o 2600 e o 5200, a Sega fez com o SG-1000 e o Master System e, mais recentemente, a Nintendo fez com o Wii U e o Switch.
Dito isto, apesar desse livro dividir seus capítulos por gerações de videogames, tenha em mente que isso é uma maneira de facilitar a compreensão e organizar toda essa rica história que vem sendo escrita por pioneiros, inovadores e, porque não, malucos. Por isso me baseei no site sobre as gerações de videogames da Wikipedia “Home video game console” que organiza tudo isso de uma maneira bem simples e eficiente além de ser o que tem o maior consenso entre os pesquisares.
Assim como a questão de “qual foi o primeiro jogo de videogame já criado” o importante aqui não é determinar quem foi o primeiro ou o mais importante, mas, sim, enxergarmos como evoluímos de simples riscos e pontos de duas cores para jogos hiper-realistas. Como isso começou, como evoluiu, quem são as pessoas por trás disso tudo, que empresas, quais jogos definiram tudo isso e como uma indústria que quase foi destruída no começo dos anos 1980 ressurgiu mais forte e pujante do que antes?
Remontar a história do que se convencionou chamar de primeira geração de videogames não é uma tarefa simples. Esses aparelhos eletrônicos nem mesmo eram chamados de videogames. A maior parte da documentação é rara, inexistente, se perdeu ou está enterrada em algum arquivo de uma grande corporação, fazendo com que grande parte dessa história dependa, basicamente, das lembranças dos personagens que, muito mais que viver, fizeram essa história.
Videogames estão aí a bastante tempo, vieram para ficar e até já são considerados uma obra de arte. Você pode até não gostar de videogames, mas, com certeza, não tem como ignorá-los. E tudo começou lá na distante e psicodélica década de 1960.
